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Quando a dor se torna injustiça

O Milagre da Cela 7 traz importantes reflexões sobre poder e cura diante de injustiças

A produção cinematográfica da Turquia vem dando mostras de que tem muito a oferecer. É o caso de O Milagre da Cela 7. Remake de uma produção coreana –  muita coisa boa tem saído da Coreia, fiquem de olho -, o filme fez sucesso na Netflix, e também na nova edição do Cine Fórum,  uma parceria entre a Associação Brasileira de Psicopedagogia, Seção Goiás (ABPp|GO) e o Centro Loyola, de Fé e Cultura de Goiânia

A obra retrata de forma muito bonita a relação entre um pai com deficiência intelectual e sua filha. Memo e Ova, vivem em um pequeno vilarejo junto com a avó Fatma. Muito querido por todos do lugar, sua vida sofre um revés quando ele é acusado do assassinato da filha de um importante tenente do exército.

Ova, que sabe das limitações do pai e que sofre as consequências, em forma de bullying, em decorrência da situação, a menina passa a tentar provar a inocência do pai, que é enviado para a prisão à espera da ordem de execução. E aí que ocorre o milagre.

Em meio a toda dureza daquele espaço, a Cela 7, a figura de Memo consegue operar mudanças significativas na vida de seus companheiros encarcerados. A partir da visão da garota é possível humanizar cada um daqueles homens que cumprem pena, a medida em que eles também se humanizam ao buscar a inocência do protagonista. Já não se trata apenas de condenados por crimes, mas pessoas que também buscam recuperação.

“A morte é uma incógnita. O general, no filme, não soube lidar com a perda, de sua filha, e o pior, usou o poder para tentar de alguma forma compensar sua dor. Nossa realidade tem trazido uma reflexão, que não é tão agradável. Como lido com a perda de alguém que é próxima/o a mim, ou a quem eu era ligado afetivamente? Quais as minhas atitudes frente às injustiças, aos indefesos, que vou percebendo no meu cotidiano, também midiático (nestes tempos)?!”, reflete Dhesses Santos Almada

Para Izilda Simões, o filme traz uma metáfora religiosa como pano de fundo. “O filme me toca no início, a relação com aquela caixinha, que depois no final eu entendo que é uma recordação muito significativa, pois foi o homem que ofereceu a vida a seu Pai, fiz uma relação com Jesus Cristo”, analisa.

No fim cabe a reflexão: quais os contornos da humanidade no e do outro?

One thought on “Quando a dor se torna injustiça

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