História

Histórico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Seção Goiás

 

Conhecemos o mundo através de histórias contadas e recontadas que um dia foram vividas na imaginação, na fantasia, no sonho ou na realidade.

E falar sobre a história da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Seção Goiás significa contar e reviver a luta do seu passado e viver a conquista do presente. Falar sobre os 25 anos desta Seção é também colocar na memória fatos entrelaçados com afeto.

Conquistas não se fazem sem dificuldades, medo, angústia e ousadia; é preciso transpor barreiras, acreditar e seguir em frente.

A ABPp – Seção Goiás foi fundada em 1990, por mulheres guerreiras, profissionais que se preocupavam com novas formas e significados do ensinar e aprender. Mulheres que acreditaram que a união, a colaboração, a conexão e as relações em torno de um objeto de conhecimento e de desejo abram as portas para a construção de espaços, objetivos e subjetivos que promovam a apropriação dos mesmos a partir do outro e de si mesmas, proporcionando autorias individuais e coletivas desse objeto. Pensar juntas, oferecer seu pensamento individual, dar ao outro o poder de modificá-lo e transformá-lo, escutar o pensar do outro e respeitá-lo fez dessas mulheres as pioneiras da nossa Associação. A marca é a coletividade.

Nomeá-las é prestar a homenagem tão merecida, para que sejam lembradas, respeitadas e eternizadas pela Psicopedagogia em Goiás.

Candy Gifford

Marilene Azevedo

Maristela Nunes Pinheiro

Sueli de Paula

Grácia Fenelon

Emília Terezinha Borges

Telma Arantes Canola

Maria Aparecida Menezes de Oliveira

Marluce Gomes de Carvalho Grosi

 

Na trajetória de sua fundação, muitas foram as idas e vindas a São Paulo em busca de orientações, subsídios, cursos e participação de congressos realizados pela Associação Brasileira de Psicopedagogia – hoje, Seção São Paulo, para que pudessem transformar sonho em realidade.

Vocês são o orgulho desta Associação, cuja história está registrada para que seja sempre contada e recontada.

Uma vez criada, surge a necessidade de divulgar a Psicopedagogia, mostrar a que veio e o seu papel na aprendizagem e, consequentemente, proporcionar a formação do profissional das áreas de Saúde e Educação.

O empenho e a grande colaboração da psicóloga Janete Carrer ao viabilizar, junto à Universidade Católica de Goiás, o curso de especialização em Psicopedagogia foi decisivo para a divulgação e propagação deste profissional.

Formou-se uma diretoria e Candy Gifford torna-se presidente da Associação de Psicopedagogia – Seção Goiás, considerada por todos a “mãe suficientemente boa” pela cuidadosa e carinhosa acolhida aos primeiros associados, como também pela grande colaboração dada em todas as gestões.

Deve-se ressaltar a frase escrita e inscrita no convite de posse da primeira diretoria: “Todos podem aprender.”

Aprender é apropriar-se do conhecimento do outro; é transformar o conhecimento do outro integrando-o internamente e tornando-o próprio.

Aprender implica em perguntar-se e fazer perguntas. Perguntando descobrimos as dificuldades do outro e as nossas próprias dificuldades/conhecimentos. Perguntar implica pensar. Na relação com o pensamento do outro ampliam-se as significações e com isso a dimensão do olhar, da percepção.

O olhar possibilita desvelar o ser sensível que pensa, olha, arrisca, cria e recria. Cria-se o vínculo, dá-se a aprendizagem. Alícia dizia: “Não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar.”

Isto é Psicopedagogia, que é também:

Conseguir ler no silêncio, fazer com que o outro se arrisque a falar e que, no anseio da escrita interna, consiga fazer seu próprio traço permitindo-se construir suas autonomia e autoria.

Através do afeto, do amor, da confiança, todas as pessoas podem mesmo aprender.

Divulgar a Psicopedagogia foi tarefa para todas as gestões.

Candy Gifford (1991 – 1992). Sueli de Paula Cunha (1993 – 1994). Marilene de Azevedo Ribeiro (1995 – 1996). Emília Terezinha Borges (1997 – 1998). Maristela Nunes Pinheiro (1999 – 2001). Maria Lucy Veiga Lobo Barbosa (2002 – 2004). Janaina Carla R. dos Santos (2005 – 2007). Luciana Barros de Almeida (2008 – 2013) e Lucila Menezes Guedes Monferrari cumprindo a gestão (2014 – 2016).

A divulgação da Psicopedagogia se deu com:

– Eventos anuais – tendo como centro a Escola, cumprindo seu papel preventivo relacionados ao conhecimento e aprendizagem, com o objetivo de resgatar o pensar, o perguntar e o prazer em aprender e ensinar. Ensinar a valorizar a criatividade, a trabalhar com objetividade e com subjetividade e despertar no professor a importância e a contribuição da Psicopedagogia para a Educação, porque ser professor é também saber utilizar seus recursos internos e externos. O seu saber é ter metas e propósitos educacionais; é saber compartilhar e mediar, ressignificar, comunicar, compreender, avaliar sua ação pedagógica e refletir sobre ela.

– O Jornal Psicopedagogia, idealizado e criado na gestão de Marilene de Azevedo Ribeiro, cujo objetivo foi o de levar aos psicopedagogos e educadores material para nortear e enriquecer suas práticas. Foi um informativo marcado por reflexões, aberto a debates e envolvido na ação de educar, abrindo espaço para expectativas e demonstrando a seriedade com que foram tratados os termos que envolvem a aprendizagem.

(Faz-se necessário também registrar que, ainda na gestão ora citada, foi adquirida a sede própria da ABPp, a casa para acolher os associados e o ponto de referência para cursos realizados na formação do psicopedagogo e de todos que dela necessitam.)

– Um espaço para discussão e divulgação dos saberes específicos da Psicopedagogia é criado por Emília Terezinha Borges, pela preocupação quanto a formação continuada dos psicopedagogos.

– Projeto Reencontrar a Aprendizagem, pensado desde a fundação da ABPp – Seção Goiás, mas criado e desenvolvido na gestão da Maristela Nunes Pinheiro, que teve como colaboradores, Maria do Carmo Abreu, Amaury Tavares e Maria Lucy V. Lobo. O objetivo era o de estender o atendimento psicopedagógico aos aprendentes menos favorecidos, uma vez que a reflexão sobre questões de cidadania, desigualdade social, presença/ausência de oportunidades foram sempre sua preocupação maior. Teve também como foco socializar o trabalho psicopedagógico por entender que a aprendizagem ocorre, na maioria das vezes, em “status” privilegiados de uma determinada classe social, projeto este pioneiro no Brasil e apresentado no Congresso Mundial da Paz realizado em Genebra, em 2.000.

– Cursos de Formação do Psicopedagogo, prioridade em todas as gestões, abrangendo a Psicopedagogia clínica e institucional, possibilitando aos profissionais da capital e do interior aprimorarem suas práticas nos atendimentos propostos.

Os trabalhos da ABPp – Seção Goiás não param por aqui.

Um dos grandes avanços para a Psicopedagogia foi a elaboração do Projeto de Regulamentação da Profissão do Psicopedagogo, de autoria do Deputado Federal goiano Barbosa Neto, que nos envaideceu e abriu espaço para a alegria e esperança dos psicopedagogos de nosso País.

Alícia Fernandes afirmava:

“Da alegria nasce a esperança. A alegria permite sustentar os momentos necessários de desilusão sem perder a esperança.”

A alegria não está apenas no ensinar e no aprender, existe no conhecer, no compartilhar e no agradecer. Agradecer ao nobre Deputado por acolher o ensinar e o aprender e ter podido fazer deles uma das prioridades do seu trabalho. Isso o faz também educador porque educar é cultivar almas que buscam facilitar com e ao outro o encontro com as possibilidades.

Foi com muito entusiasmo, coragem, trabalho e dedicação que as diretorias e os conselhos ao longo dos anos vão cumprindo suas tarefas com novos projetos, novas expectativas e novos sonhos; todos eles, com a dedicação de sua equipe, procuraram e procuraram avançar e fazer da Associação de Psicopedagogia – Seção Goiás um espaço de formação, de cultura e de divulgação dos objetivos do fazer psicopedagógico e levar sempre adiante o significado da consigna que impulsionou esta Associação:

“Todos podem aprender.” E como somos aprendizes, cada qual deixou sua marca:

“Abrir sem alargar. Proteger sem abafar.”

“Fortalecer na Unidade. Crescer na diversidade.”

“‘A vida na Psicopedagogia e a Psicopedagogia na vida.”

“Reconhecer-se pensante: criar, construir, transformar.”

“Re – significar para aprender. Compartilhar para possibilitar.”

 ” A Psicopedagogia em Movimento: tempo de ser, tempo de aprender “

 

Concluindo, a maior homenagem e o imenso orgulho: ter a nossa Luciana Barros de Almeida. conquistado a Presidência da Associação Brasileira de Psicopedagogia Nacional que, com tamanho esforço, estudo e competência, vence todos os obstáculos e eleva o Estado de Goiás ao mais alto cargo da Psicopedagogia no Brasil.

Luciana, nos 25 anos de fundação da ABPp – Seção Goiás, você presenteou a Psicopedagogia em Goiás com o reconhecimento de seu mérito.

Parabéns pelo seu ser e fazer psicopedagógicos.

 

Associação Brasileira de Psicopedagogia

Seção Goiás